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O imperdoável pecado contra o Espírito Santo


"Por esse motivo eu lhes digo: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas a quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nessa era nem na que há de vir" - MT 12: 31 e 32

 No livro de Mateus, encontramos uma afirmação de Jesus sobre um único pecado imperdoável. Ao contemplarmos a história da redenção, desde a queda do homem até as maravilhosas promessas do retorno de nosso Salvador, é difícil imaginar que possa existir algo que a Longaminidade de Deus não possa perdoar. Desde o começo, o ser humano caído não precisou fazer esforços para se achegar a Deus, pois, ainda no Éden, quando Adão entregou o controle desse mundo ao Inimigo de nossas almas, nosso amado Pai foi a seu encontro, pronto a oferecer Sua Graça Redentora. E assim tem sido desde então. 
 Deus perdoou nossos primeiros pais, perdoou o primeiro homicida, perdoou a falta de confiança de Abraão, perdoou os irmãos de José, perdoou a murmuração e falta de confiança dos israelitas no deserto, perdoou o pecado de Moisés, perdoou a concupiscência carnal de Sansão e o adultério de Davi. Até mesmo o maligno Manassés, que fez tudo do qual o Senhor reprova, foi alcançado pela Graça. E até mesmo nós, em todos nossos maus caminhos, fomos perdoados pelo Pai. Se até mesmo falar contra o Filho do homem, Aquele que nos garantiu a Graça através de Seu próprio sangue, pode ser perdoado, o que seria o tão grave pecado contra o Espírito Santo?
 No centro dessa questão temos dois aspectos importantes a ser analisados que irão nos levar a uma conclusão lógica e irrefutável: a consciência humana e o livre arbítrio. Quando Jesus retornou aos céus, prometeu nos enviar o Consolador, Aquele que convenceria o mundo "do pecado, da justiça e do juízo". O papel do Espírito Santo é falar a nossa consciência, para nos convencer e converter de nossos maus caminhos. É o Espírito que age em todo ser humano, até mesmo naqueles que não percebem Sua influencia. 
 Ao escolhermos uma direção errada, o Espírito fala a nossa consciência, relembrando versículos e mensagens que nos advertem de nossa escolha. Ele fala a todos, até mesmo aqueles que nunca leram a Biblia. É a voz que nos adverte na consciência, que nos previne, para que não venhamos a pecar. 
 Junto a consciência, o ser humano também tem o livre arbítrio, que lhe dá a liberdade de escolher o caminho que deseja seguir. É ele que, após a advertência contra o pecado feita pelo Espírito, nos possibilita escolher o caminho certo. Porém, da mesma forma que o livre arbítrio nos deixa livre para escolher o bom caminho, somos igualmente livres para continuar em nossos maus caminhos, mesmo após a advertência do pecado. 
 Quem escolhe ouvir as advertência do Espírito, continua sensível a Sua voz, da mesma maneira, aqueles que decidem não ouvir, acabam, com o passar do tempo, perdendo a sensibilidade, de maneira que suas escolhas os colocam distantes da atuação do Espírito. Contudo, Seu papel não é apenas convencer do pecado, Ele também nos adverte acerca da Justiça e do Juízo. Negando as advertências do pecado, também se nega as advertências da Justiça e do Juízo.
 A conclusão lógica é que o pecado é imperdoável não porque Deus não deseja perdoa-lo, mas sim porque o pecador se coloca, através de seu livre arbítrio, longe do perdão. O Espírito Santo nunca se cansa de falar aos pecadores, Ele deseja insistentemente trabalhar em nossos corações, para que possamos reconhecer a Cristo como nosso Senhor e Salvador, aceitando Seu maravilhoso sacrifício por nós, para que, naquele maravilhoso dia, possamos estar todos com o Senhor nas nuvens do céu.

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